Bem Vindos à Sapologia

A Sapologia é um blog feito aos amantes da herpetologia, focado especialmente nos anfíbios, porém sem esquecer dos lagatos, das cobras, e tudo aquilo ao que os herpetólogos amam.

Sei que é difícil explicar o carinho e o respeito por estes animais: são poucos os que compreendem a curiosidade intrínseca, ou científica (ou ambos), daqueles que são verdadeiros aficcionados por estes tetrápodes de sangue frio.

Gostaria de salientar que todas as informações que apresento na Sapologia são produto, especialmente, de estudo através de livros técnicos-científicos (os quais estão listados no gadget "Livros Científicos para Consultas Herpetológicas"). Também lanço mão de artigos científicos publicados, artigos de revistas e jornais de acesso ao grande público não-acadêmico, e sites como, por exemplo, Amphibian Especies of the World (http://www.research.amnh.org/herpetology), International Union for Conservation of Nature and Natural Resources (http://www.iucnredlist.org/amphibians) e Conservation International (http://www.conservation.org/Pages/default.aspx), sendo que quando utilizados como fonte, o fato é notificado ao final do post.

Sejam todos bem vindos !
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Crocodylus niloticus

A Herpetoteca - Os Parentes e os Amigos

Na seção "Herpetoteca" vou apresentar, em posts, algumas das espécies descobertas pela herpetologia, e algumas curiosidades, eventualmente, sobre as espécies aqui apresentadas. Para facilitar as consultas, usarei como etiquetas nos posts, a família, o gênero e o nome da espécie, desta forma todos poderemos nos guiar pelo gadget "Assuntos do Brejo", logo abaixo do "CineHerpeto".

31 de março de 2009

Invasores Inocentes

Rhinella marina

Na Austrália, a 75 anos, foi introduzido o sapo-da-cana (Rhinella marina), originário da América Central e Sul. Essa introdução não foi acidental, na realidade foi proposital, pois as fazendas de cana australianas estavam sofrendo com infestações por besouros, sendo os sapos uma possível solução.

Errado: estes sapos não conseguem pular muito alto, nem escalar a cana, sendo que os bsouros habitam as altas extremidades a cana.

Resultado: os sapos se tornaram uma praga, pois não só se alimenta dos insetos que serviam como base nutritiva dos sapos nativos australianos, como seus hábitos noturnos e seu gande tamanho (até 20cm ! ) propicia sua atividade predadora de lagartos, marsupiais de pequeno porte, pássaros e outros sapos, os quais são nativos. Ou seja, os sapos nativos perdem de duas formas coabitando com o sapo-da-cana: perdem comida, por competição; e sofrem predação por parte dos invasores.

Atualmente, na Austrália, está sendo organizado um "dia de caça aos sapos-da-cana", com o intuito de reduzir a população de Rhinella marina, e funciona assim: os fazendeiros caçam à noite os sapos, os capturam e os matém vivos, para entregá-los (vivos) aos especialistas que irão identificar se aqueles indivíduos pertencem realmente à espécie, evitando a mortandade de indivíduos de outras espécies.

Sendo confirmada a espécie, os sapos-da-cana serão mortos em freezer ou em sacolas repletas de gás carbônico, pois assim eles morrerão da maneira mais respeitosa possível (afinal, os indivíduos não têm culpa pela sua introdução mal-calculada). Seus restos serão então transformado em adubo para os próprios fazendeiros.

Mais informações a respeito, o arigo in silico do New York Times 'Toxic Toads Targeted in Australia's 'Toad Day Out' ' pode ser visitado pelo link http://www.nytimes.com/aponline/2009/03/26/world/AP-AS-Australia-Toad-Day-Out.html .
_____________________________________________________B.W.

22 de março de 2009

IV Congresso Brasileiro de Herpetologia




Neste ano, mais precisamente entre as datas 12 e 17 de julho, será realizado em Pirenópolis (Goiás), o IV Congresso Brasileiro de Herpetologia.
Pirenópolis é uma cidade reconhecida por suas belezas naturais, sendo localizada no pé da Serra dos Pirineus.

O Congresso será organizado pela Universidade de Brasília (UnB), e apresentará minicursos interessantes sobre os mais variados assuntos dentro da herpetologia, desde fotografia nos estudos herpetológicos, até metodologia dos estudos comportamentais em herpetologia.

Também haverá simpósios muito interessantes, sobre filogeografia de anuros brasileiros, paleoherpetologia, educação ambiental e herpetologia, e muitos outros, todos realmente interessantes.

E mais, ao se inscrever no Congresso, você ainda pode se inscrever na Sociedade Brasileira de Herpetologia (SBH), o que realmente vale a pena (especialmente para graduandos), pois as vantagens não se restringem ao recebimento da revista da South American Journal of Herpetology e aos preços aceitáveis.

Para os que se interessaram, o site do congresso (http://web.me.com/grcolli/IV_CBH/Bemvindo.html) e da SBH (http://www.sbherpetologia.org.br/) incluem maiores informações.
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Oxyrhopus petola